sábado, fevereiro 12, 2005
Toxicodependência... é um problema, lembram-se?
É de novo exigido ao governo e à Assembleia da República (que saírem de eleições) uma nova política em matéria de drogas e toxicodependências. O debate hoje corrente em muitos países sobre a necessidade de diferente e específica regulamentação da produção, distribuição e consumo das drogas ainda 'ilícitas', cujo uso terapêutico começa a ser cientificamente inquestionável, deveria começar a ser realmente levado em consideração em Portugal. Houve finalmente uma tomada de posição, assumida pela associação antiproibicionista Soma e pela Abraço, e é apresentada em sequência da aprovação, em Dezembro, pelo Parlamento Europeu, de um projecto de resolução sobre a nova Estratégia Europeia de Luta contra a Droga. Neste declara-se que a política mundial de combate ao fenómeno desenvolvida nas últimas três décadas falhou em toda a linha e que deve existir "uma verdadeira política europeia neste domínio", com uma "particular atenção às políticas alternativas que já hoje obtêm melhores resultados em muitos estados membros". Numa referência clara a medidas aplicadas em vários países europeus (entre os quais a Espanha assume uma posição de vanguarda) em contradição com o espírito das três convenções da ONU - como a administração medicamente controlada de heroína a dependentes dessa substância, a criação de salas de injecção assistida e as experiências de utilização terapêutica de cannabis em doentes de cancro, sida e esclerose múltipla - os deputados europeus, assumem uma posição histórica. Pela primeira vez, um texto oficial questiona o proibicionismo. Há esperança de que seja possível avançar no caminho do pragmatismo e da racionalidade. Quanto ao facto de o fenómeno das drogas se ter eclipsado das campanhas, quando há dez anos era tema central, constata-se que uma vez no poder, os partidos têm tendência para minimizar estas questões... Excertos retirados do DN Online
Enviado por MissM
às 1:47 da tarde às 1:47 da tarde
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