terça-feira, fevereiro 22, 2005
A tradição já não é o que era...
 São cada vez mais os homens que se queixam de violência doméstica, representando 15% das participações na GNR e PSP em 2004. A percentagem das vítimas masculinas é idêntica nos meios rurais e urbanos, o que revela uma alteração das mentalidades. O número de vítimas homens está a aumentar e, provavelmente, são muito mais que os que se queixam, se bem que o homem que admite ser maltratado pelo cônjuge ou companheira ainda é malvisto na sociedade portuguesa. Apesar da estigmatização social, os técnicos salientam o facto de cada vez mais homens se deslocarem às instalações GNR ou PSP, para denunciarem os maus tratos das companheiras, revela fortes sinais de mudança e a tendência é para o aumento de denúncias dos maridos e companheiros.
Invariávelmente os perfis das vítimas são muito semelhantes, quer sejam do sexo masculino ou feminino. As pessoas que sofrem maus tratos têm entre 30 e 50 anos, estão economicamente e emocionalmente dependentes do agressor e têm problemas de auto-estima e de falta de confiança. Quanto às motivações ou características que podem potenciar a agressão, as mulheres sofrem de perturbações psicológicas e de comportamento, enquanto que os homens têm problemas de alcoolismo. São pessoas que não têm resistência à frustração e qualquer factor de stress as descompensa. A violência sobre os homens é mais psicológica (insultos, ameaças), mas quando é física é extremamente violenta. Ameaçam com envenenamento ou que têm uma faca debaixo da almofada, do género "Toma atenção que esta pode ser a tua última sopa." É uma violência muito mais requintada, perversa. In DN Online
Enviado por MissM
às 8:13 da tarde às 8:13 da tarde
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